A Cistocele, mais conhecida como Bexiga Baixa, é uma condição comum que afeta principalmente mulheres com mais de 40 anos e que já tenham sido mães. Portanto, se você é mulher, precisa saber o que é Bexiga Baixa, bem como seus sintomas e tratamento.
Em suma, ela ocorre quando a musculatura pélvica está enfraquecida e por isso, não consegue manter a bexiga no lugar. Assim, ela “escorrega”, gerando desconforto e alguns sintomas.
De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Correio Braziliense, estima-se que, em média, 20% das mulheres com mais de 40 anos relatam o problema. Entretanto, o assunto não é muito discutido, pois muitas escondem e evitam falar sobre essa situação.
Porém, não há o que temer! Afinal, o problema tem cura e é muito importante que mais mulheres saibam o que é bexiga baixa para assim, tratar o problema logo nos primeiros sintomas. Então, continue lendo e confira tudo o que você precisa saber sobre o assunto!
O que é Bexiga Baixa?
A vagina, útero, bexiga, reto e intestino são sustentados por um conjunto de músculos e tecidos fibrosos em formato de bacia, que se denominam Assoalho Pélvico. Assim, como qualquer outra musculatura, ele precisa ser trabalhado para se manter resistente.
Então, a falta de exercícios próprios para a região podem levar a perda do tônus da musculatura. Logo, os órgãos, antes sustentados por ela, podem se deslocar e cair pelo canal vaginal, causando a Cistocele.
Além disso, não somente a bexiga, mas também a uretra, o útero e até mesmo o reto podem se deslocar e “cair” ao mesmo tempo, apresentando diferentes graus de deslocamento.
Em todo o caso, a condição gera desconforto, podendo acarretar em problemas físicos, sociais, profissionais e sexuais. Portanto, para restabelecer o bem-estar da paciente, o tratamento é fundamental e pode variar de acordo com o grau de cistocele.
Graus da bexiga baixa
Em geral, os casos de cistocele possuem uma classificação que indicam o nível da doença. De acordo com o grau, os tratamentos mais comuns vão desde exercícios pélvicos e mudança de estilo de vida, até fisioterapia ou mesmo cirurgia.
- 1 (Leve): Em geral, não apresenta sintomas, mas percebe-se uma pequena queda da bexiga na vagina;
- 2 (Moderado): Neste grau, a bexiga se encontra na abertura da bexiga;
- 3 (Grave): A bexiga sai através da vagina;
- 4 (Muito Grave): Quadro mais raro, quando há saída completa da bexiga pela vagina.
O que causa a Bexiga Baixa?
Em geral, vários fatores podem contribuir para a incidência da Cistocele. Acima de tudo, é observado que os casos tendem a ocorrer quando nos casos de uma tensão no músculo pélvico, por exemplo:
- Parto;
- Prisão de ventre;
- Levantamento de peso;
- Esforço físico;
- Excesso de peso;
- Tosse violenta, etc.
Além disso, fatores como idade, cirurgia para retirada do útero e consumo de cigarros também estão associados com maior incidência.
Quais são os sintomas da bexiga baixa?
No estágio inicial, a condição não costuma apresentar sintomas. No entanto, ao evoluir, é comum que a paciente demonstre alguns desconfortos. Por exemplo:
- Dor na região abdominal, pélvica e genital;
- Sensação de que há um corpo estranho na vagina;
- Dificuldades para urinar e/ou evacuar;
- Incômodos nas relações sexuais;
- Perda involuntária de urina ou fezes (incontinência urinária ou fecal);
- Sensação de pressão na pelve e na vagina;
- Recorrentes quadros de infecções urinárias.
Como se dá o diagnóstico da bexiga baixa?
O diagnóstico da bexiga baixa e tratamento, são feitos pelo médico Urologista Feminino, especialista em diagnósticos e tratamentos urológicos em mulheres. Logo, para diagnosticar a Cistocele, alguns exames poderão ser indicados, tais como:
- Estudos urodinâmicos: onde é possível avaliar a capacidade da bexiga de reter e eliminar a urina;
- Ressonância magnética: permite ter uma visualização mais completa das estruturas da região pélvica;
- Cistouretroscopia: ideal principalmente para mulheres que apresentam urgência, frequência urinária, dor na bexiga ou sangue na urina;
- Ultrassonografia transvaginal: permite avaliar os músculos da região perianal.
Tratamentos para bexiga baixa
Depois que o médico urologista realiza o diagnóstico, é hora de iniciar o tratamento. Geralmente, casos leves podem ser corrigidos apenas com exercícios; ao passo que casos mais graves requerem intervenção cirúrgica.
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Exercícios
Em casos menos graves e com poucos sintomas, a realização de exercícios que fortalecem a musculatura já é suficiente. Aqui, os mais comuns são os Exercícios de Kegel e a Ginástica Hipopressiva.
Entretanto, para surtirem o efeito desejado, eles devem ser realizados corretamente, todos os dias. Além disso, exercitar esse conjunto de músculos também pode trazer outros benefícios, como:
- partos facilitados,
- potencialização de orgasmos;
- e diminuição da incontinência urinária.
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Fisioterapia
Em segundo lugar, a fisioterapia também consiste na realização de exercícios de fortalecimento. Entretanto, ela é realizada em sessões individuais com acompanhamento profissional, em geral com equipamentos que potencializam resultados.
Por exemplo, o pessário, a estimulação elétrica intravaginal ou biofeedback são alguns recursos que o fisioterapeuta pode utilizar para estimular a musculatura e facilitar a realização dos exercícios.
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Medicamentos
A saber, os medicamentos podem ser indicados como forma de complementar o tratamento. Principalmente, para auxiliar na reposição hormonal durante a menopausa, o que ajuda a controlar os sintomas da bexiga baixa.
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Cirurgia
Por fim, em casos mais graves, a cirurgia é indicada para restaurar a anatomia de todo o assoalho pélvico. Também para reforçar as estruturas e corrigir a posição correta da bexiga e outros órgãos.
É possível prevenir a bexiga baixa?
Antes de mais nada, é comum que, com a idade, a mulher perca massa e força muscular. Portanto, se faz necessário fortalecer e estimular sua musculatura.
Logo, a melhor forma de prevenir a Bexiga Baixa é através da realização de exercícios perineais e de fortalecimento da musculatura pélvica, de preferência, com acompanhamento profissional.
Além disso, não fumar, evitar sobrepeso e adotar práticas como ioga e pilates, também contribuem na prevenção da Bexiga Baixa. Por fim, caso apresente algum dos sintomas ou queira certificar a saúde da sua musculatura perineal, não hesite em agendar sua consulta.