Talvez você ainda não saiba o que é prostatite, mas é bem provável que em algum momento da vida acabará ouvindo falar sobre ela. Afinal, essa é uma condição comum em homens, que apresenta maior incidência conforme a idade avança.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, ao menos 50% dos homens terão um episódio de prostatite em algum momento da sua vida. Portanto, é fundamental que o homem saiba como cuidar da próstata de forma preventiva.
Então, se você deseja saber mais sobre a prostatite, quais são os fatores de risco da doença, sintomas, como é feito o diagnóstico e formas de prevenção, continue lendo! Com certeza esse texto vai esclarecer muitas das suas dúvidas!
O que é prostatite?
Sobretudo, essa doença se refere a inflamação ou infecção da próstata. Por isso, em geral causa inchaço na região e bastante desconforto.
Além disso, a prostatite pode se manifestar de duas formas diferentes:
- Prostatite aguda ou bacteriana: quando ocorre uma inflamação aguda, com quadros de febre e aumento do volume e temperatura da próstata, que pode desencadear em formação de cisto e retenção urinária aguda.
- Prostatite crônica: inflamação crônica, com quadros de sintomas mais leves como desconforto pélvico, sensação de peso na região do púbis. Também há urgência em urinar e aumento de idas ao banheiro ao longo do dia.
O que causa a prostatite?
Em geral, as infecções agudas tem como principal causa infecções bacterianas, geralmente relacionadas a infecções urinárias. A saber, as bactérias podem migrar da bexiga ou uretra para a próstata, causando a infecção.
Por outro lado, a prostatite crônica pode se relacionar a quadros de prostatite aguda não tratada corretamente. Ou, ainda, pode ser decorrer da inflamação local causada por traumas após atividades como ciclismo, andar de moto ou a cavalo.
Fatores de risco: o que aumenta a chance de desenvolver prostatite?
Além das causas citadas acima, ainda existem outros motivos mais específicos que elevam as chances do homem desenvolver a doença. Por isso, são denominados fatores de risco, confira quais são a seguir.
- Sexo Anal: quando desprotegido, pode ocorrer contaminação por bactérias do intestino na uretra masculina, aumentando o risco de infecção urinária e prostatite no parceiro ativo;
- Anormalidades no trato urinário: Homens com histórico de problemas frequentes ou infecções do trato urinário não tratados adequadamente também possuem risco aumentado de prostatite;
- Hiperplasia prostática: o aumento da próstata aumenta o risco de desenvolver prostatite. Confira a diferença entre as duas condições.
- Fatores emocionais: estresse, depressão e ansiedade também aumentam a predisposição para queixas relacionadas à região da próstata.
A prostatite também ocorre em homens jovens?
Embora seja mais frequente a partir dos 50 anos, a prostatite também pode afetar homens mais jovens. Na maioria dos casos, a infecção ocorre por infecções sexualmente transmissíveis.
Por exemplo, clamídia, HIV e gonorréia são algumas das causas mais comuns. Ainda mais, apesar da prostatite não ser considerada uma IST, o sexo desprotegido pode expor o corpo a ISTs e também bactérias da urina, aumentando a chance de infecção.
Sintomas da prostatite
Tanto a prostatite aguda quanto a prostatite crônica podem levar ao inchaço da próstata, pressionando o canal da uretra. Portanto, os principais sintomas que o homem poderá relatar são:
- Dor intensa ao urinar;
- Sensação de queimação;
- Incapacidade de esvaziar a bexiga;
- Urina turva ou com mau cheiro;
- Febre e calafrios;
- Dor na região abaixo da bolsa escrotal (perineal);
- Dor no pênis, testículos ou na região da bexiga;
- Desconforto na região do ânus;
- Ejaculação dolorosa;
- Urgência em urinar.
Diagnóstico da prostatite
Acima de tudo, caso apresente dificuldade de urinar aguda e febre, é urgente a ida a um pronto-socorro. Isso porque o quadro pode complicar, levando a internações ou até consequências mais graves.
Além disso, ao apresentar outros sintomas, sejam eles prolongados ou não, é de suma importância procurar o médico urologista logo no início, para realizar o diagnóstico correto. Para isso, pode ser necessário realizar alguns exames, tais como:
Exame de toque
Em suma, o exame de toque é indicado no check up urológico como preventivo para o câncer de próstata. Embora seja um exame indolor, caso o homem relate dor, desconforto, ou o médico perceba o inchaço na região, é um indicativo de prostatite.
Exame de Urina e Secreção Prostática
Através do exame de urina combinado com o exame de secreção Prostática, o médico urologista irá saber se há infecção, através de elevada presença de bactérias. Nesses casos, é possível indicar o antibiótico correto para combater a bactéria específica.
Biópsia da próstata
Apesar da prostatite ser uma condição benigna e não elevar o risco de desenvolvimento de câncer de próstata, em alguns casos a Biópsia pode ser solicitada para descartar essa possibilidade.
Qual o tratamento para prostatite?
Geralmente o tratamento para prostatite é feito com antibióticos, que podem ser associados a antiinflamatórios e analgésicos para alívio da dor. Acima de tudo, é necessário cumprir todo o tempo de medicação, que pode variar de 2 a 12 semanas, a depender do caso.
Além disso, em casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia de raspagem de próstata, para remover o abscesso prostático (acúmulo de pus que se desenvolve em decorrência da prostatite).
A prostatite tem cura?
Sim! Mas para tanto, é preciso colaboração entre médico e paciente, para que os exames sejam realizados e o medicamento administrado da forma correta. Quanto antes o paciente realizar a consulta, o tratamento tende a ser mais rápido e mais eficaz.
Dicas para prevenir a prostatite
Por fim, é importante realizar consultas preventivas ao seu médico urologista de confiança, para prevenir o desenvolvimento de doenças que afetam a qualidade de vida. Além disso, simples hábitos também são bem-vindos, tais como:
- Usar preservativo, principalmente na realização de sexo anal;
- Em caso de infecções urinárias, tratar corretamente;
- Nunca interromper o uso do antibiótico antes de completar o tempo prescrito pelo médico, mesmo que os sintomas já tenham desaparecido;
- Realizar acompanhamento periódico com o médico urologista.