De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de próstata é o segundo tipo que mais atinge homens no país. Inclusive, este dado corresponde a aproximadamente 10% de todos os casos de câncer. Diante dessa realidade, torna-se imprescindível investir em estratégias de rastreamento e diagnóstico precoce. Nesse contexto, o exame de PSA desempenha um papel crucial. Afinal, esta proteína que é produzida pelas células da próstata pode sinalizar alterações na glândula. Porém, será que o exame de PSA indica câncer de próstata? Continue lendo e descubra!
O que é o exame de PSA?
Basicamente, o PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida pela própria glândula prostática. Geralmente, ela é liberada na corrente sanguínea em pequenas quantidades. No entanto, em casos de doenças na próstata os níveis de PSA podem aumentar significativamente.
A saber, o exame de PSA é um teste que mede o nível da proteína presente na corrente sanguínea. Por isso, é uma ferramenta importante na detecção precoce do câncer de próstata. Afinal, os resultados do exame podem ajudar a identificar alterações na próstata.
No entanto, é incorreto afirmar que o PSA sozinho indica câncer de próstata. Afinal, os níveis elevados sinalizam uma anormalidade, mas não necessariamente o câncer. Afinal, há outras condições que podem causar esse tipo de alteração. Por exemplo:
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Prostatite: inflamação da glândula prostática;
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Hiperplasia prostática benigna: aumento de células não cancerígenas da próstata.
Além disso, nem todos os casos de câncer de próstata apresentam níveis elevados de PSA. Portanto, um diagnóstico preciso requer uma avaliação completa com o urologista. Inclusive, a realização de exames complementares.
Diferença entre o PSA livre e total
Decerto, a diferença entre o PSA livre e total é um aspecto importante a ser compreendido no contexto do exame. Afinal, essa distinção pode fornecer informações adicionais sobre a saúde da próstata. Sobretudo, auxilia na avaliação de riscos e probabilidades relacionados ao câncer.
PSA livre
Em primeiro lugar, o PSA livre refere-se à fração do Antígeno Prostático Específico que está livremente circulante no sangue. Ou seja, não ligada a outras proteínas. No geral, ele é considerado uma forma mais ativa e menos restrita da proteína. Geralmente, quanto maior a sua proporção, menor é a probabilidade de um câncer de próstata significativo.
PSA total
Por outro lado, o PSA total refere-se à quantidade total presente no sangue. Portanto, inclui tanto sua forma livre quanto ligado a outras proteínas. Inclusive, o valor pode variar de acordo com a idade e o tamanho da próstata. Nesse caso, os níveis elevados podem indicar a presença mais certeira do câncer de próstata.
Além disso, a relação entre ambos os tipos de PSA é expressa como um percentual. Por exemplo, se o PSA total for de 6 ng/mL e o PSA livre for de 4 ng/mL, a relação entre eles será de 4/6, ou 66,7%. Dessa forma, valores superiores a 30% são geralmente considerados favoráveis e indicam menor risco de câncer de próstata.
Por fim, vale ressaltar que a medição pode ajudar a diferenciar casos de câncer de próstata de condições benignas da próstata. Sobretudo, é importante destacar que essa avaliação não é definitiva e não substitui outros métodos diagnósticos. Portanto, a interpretação dos resultados e a tomada de decisão devem ser feitas em conjunto com um médico urologista.
Quais os valores de referência do PSA?
A saber, os valores do Antígeno Prostático Específico podem variar de acordo com diferentes fatores. Principalmente, idade, histórico familiar e características individuais. No entanto, existem alguns intervalos amplamente utilizados como valores de referência do PSA, para orientar a interpretação dos resultados do exame.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os valores de referência do PSA podem ser categorizados da seguinte forma:
- Para homens com até 49 anos: normalmente inferior a 2,5 ng/mL;
- Para homens entre 50 e 59 anos: normalmente inferior a 3,5 ng/mL;
- Para homens entre 60 e 69 anos: normalmente inferior a 4,5 ng/mL;
- Para homens acima de 70 anos: normalmente inferior a 6,5 ng/mL.
Entretanto, é importante destacar que esses intervalos são apenas uma referência geral e não vistos isoladamente. Por isso, a interpretação dos resultados deve ser feita por um médico. Afinal, o especialista irá analisar o resultado juntamente com outros exames complementares.
Quando o PSA é preocupante?
Mas, será que o PSA indica câncer em alguns casos? Em geral, quando os níveis do Antígeno Prostático Específico ultrapassam o valor de 4 ng/mL (nanogramas por mililitro), isso pode levantar uma preocupação sobre a saúde da próstata. No entanto, é essencial ressaltar que essa faixa de corte não é uma regra fixa. Principalmente porque outros fatores devem ser considerados na interpretação dos resultados.
Sobretudo, é importante destacar que níveis elevados de PSA não são exclusivos do câncer de próstata. Pelo contrário, outros fatores também podem levar a um aumento nos valores. Por exemplo:
- Idade do paciente;
- Tamanho da próstata;
- Presença de infecções urinárias;
- Condições benignas, como a prostatite e hiperplasia benigna.
Diante de um resultado de exame elevado, é fundamental realizar exames complementares. Ou seja, para confirmar ou descartar a presença da doença. Então, apesar de ser muito importante no rastreio da doença, se você está em dúvida se o exame de PSA indica câncer, saiba que, sozinho, ele não dá o diagnóstico da doença.
Quando o PSA indica câncer?
No geral, o exame de PSA é utilizado como uma ferramenta de triagem. Ou seja, é feito para identificar níveis elevados da proteína no sangue. Logo, pode indicar a necessidade de investigações adicionais. Afinal, valores elevados do PSA podem ser um sinal de alerta, apesar de não serem um diagnóstico definitivo.
Neste cenário, exames complementares são necessários para confirmar ou descartar a presença do câncer de próstata. Sendo assim, os mais comuns são:
- Toque retal: O médico insere o dedo lubrificado no reto para avaliar o tamanho, a textura e as possíveis irregularidades da próstata. Essa é uma parte importante da avaliação da saúde da próstata, pois permite detectar alterações que podem indicar a presença de câncer.
- Ultrassonografia transretal: Nesse procedimento, um pequeno dispositivo de ultrassom é inserido no reto para obter imagens detalhadas da próstata. Essas imagens ajudam a identificar possíveis alterações, como nódulos ou tumores.
- Ressonância magnética da próstata: Esse exame de imagem utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para criar imagens detalhadas da próstata. A ressonância magnética pode fornecer informações mais precisas sobre o tamanho, a localização e a extensão de possíveis tumores.
- Biópsia de próstata: A biópsia é um procedimento no qual são retiradas amostras de tecido da próstata para análise laboratorial. Através da biópsia, é possível identificar a presença de células cancerígenas e determinar o estágio e a agressividade do câncer.
Sem dúvida, é essencial a análise do teste de PSA juntamente com os exames complementares. Principalmente, porque cada um fornece informações diferentes. Logo, em conjunto, ajudam a identificar ou não a presença da doença.
Por fim, é fundamental ressaltar que o diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta muito as chances de cura. Portanto, se você apresenta níveis elevados de PSA ou qualquer sintoma relacionado à saúde da próstata, é importante procurar um médico especializado o quanto antes, ainda que não haja sintomas. Afinal, o câncer de próstata é uma doença silenciosa.
É possível ter câncer de próstata com PSA normal?
Certamente, sim! É possível ter câncer de próstata mesmo com níveis normais de PSA. Ou seja, mesmo não sendo verdade que o PSA indica câncer, a doença pode se desenvolver dentro da faixa de referência. No geral, isso pode ocorrer devido a casos específicos. Por exemplo, a agressividade do câncer e a localização das células cancerígenas.
Além disso, outros fatores podem afetar os níveis de PSA e causar resultados falsamente normais, são eles:
- Medicamentos: alguns medicamentos, como inibidores da 5-alfa-redutase e bloqueadores alfa, podem diminuir os níveis de PSA, mesmo na presença de câncer de próstata.
- Obesidade: a obesidade pode diluir o PSA no sangue, levando a resultados mais baixos do que o esperado, mesmo em casos de câncer de próstata.
- Inflamação da próstata: a prostatite, uma inflamação da próstata, pode causar um aumento temporário nos níveis de PSA. Após a resolução da inflamação, os níveis de PSA podem voltar ao normal, mesmo que o câncer de próstata esteja presente.
- Idade: os níveis de PSA tendem a aumentar naturalmente com a idade, e o câncer de próstata em estágio inicial pode ser acompanhado por valores de PSA dentro dos limites considerados normais para a faixa etária.
Portanto, é fundamental compreender que o exame de PSA, embora seja uma ferramenta importante, não é definitivo no diagnóstico da doença. Logo, a avaliação médica é essencial para garantir uma detecção precoce e precisa do câncer de próstata.
Sobretudo, é preciso fazer o check-up periódico com o urologista. Afinal, o câncer de próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais da doença, bem quando as chances de cura são perto de 90%! Ou seja, estar em dia com o check-up urológico pode salvar vidas!
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