Provavelmente você conhece alguém que já teve Pedras nos Rins, afinal essa é uma condição bem comum. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ao menos 5% da população brasileira possui cálculos renais. Entretanto, mesmo com tanta informação sendo difundida, ainda é difícil diferenciar quais são os mitos e verdades sobre pedras nos rins.
Apesar das inúmeras dúvidas, o que as pessoas mais temem é a dor intensa que um paciente acometido por pedras nos rins pode sentir. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 15% da população mundial pode sofrer um episódio de cólica nefrética.
Apesar disso, não há motivos para se desesperar. Além de ser possível prevenir a condição, também existem diversas formas de tratamento. Então, se você tem dúvidas, continue lendo para saber quais são principais os mitos e verdades sobre pedras nos rins.
01 . Após o tratamento, é possível voltar a ter cálculo renal
Verdade. Sobretudo se o paciente não seguir as recomendações médicas do médico urologista e não desenvolver hábitos mais saudáveis, as chances de formar um novo cálculo podem chegar a 90% em 10 anos.
02 . Excesso de consumo de sódio pode provocar cálculo renal
Verdade. Isso porque o alto consumo de sódio pode levar ao excesso de excreção de cálcio na urina. Assim, isso leva a presença de cristais e favorece a formação de pedras nos rins.
Portanto, muito cuidado não apenas com a adição de sal, mas com alimentos ricos em sódio no geral. Por exemplo, embutidos, industrializados e refrigerantes.
03 . Cálculos renais são mais comuns em idosos
Mito. Ao contrário do que se pensa, desde crianças até idosos podem ser acometidos por pedras nos rins. Porém, a maior incidência é entre os 20 a 40 anos, sendo mais frequente em homens do que em mulheres.
04 . Tomar bastante água evita o surgimento de pedras
Verdade. Afinal, a água ajuda a diluir e diminuir a concentração dos temidos cristais de sais e minerais nos rins. Portanto, uma das melhores formas de prevenir o surgimento de pedras nos rins é tomando bastante água, ao menos dois litros e meio ao longo do dia.
Além disso, fique atento à sua rotina e ao clima da região. Por exemplo, atletas têm perda mais intensa de líquidos, logo devem ingerir mais água. Acima de tudo, não espere sentir sede para beber água, pois este já é um sinal de desidratação.
05 . O verão está ligado ao aumento de casos de pedras nos rins
Verdade. Além de transpirar mais, o verão está associado ao período de férias, onde as pessoas tendem a se descuidar da alimentação. Logo, a junção da desidratação com a alta ingestão de sódio contribui com um aumento de até 30% de casos.
06 . A pedra no rim pode ser dissolvida
Depende. Afinal, pedras no rim podem apresentar diferentes composições, tais como oxalato de cálcio, ácido úrico, dentre outros. Algumas composições podem sim ser eliminadas através da alimentação e medicação que induz a dissolução.
Por outro lado, a composição mais comum dos cálculos renais é oxalato de cálcio, tipo pouco solúvel e que não responde a nenhum tipo de medicação. Além disso, o tamanho das pedras também influencia na eliminação, variando de acordo com o biotipo e o peso corporal de cada paciente.
07 . Cálculos renais podem gerar insuficiência renal
Verdade. Porém isso é mais comum em casos graves, quando a doença não é tratada e os cálculos são muito grandes. Dessa forma há o risco de entupimento dos rins, levando a insuficiência renal. Por isso, aderir ao tratamento para pedras nos rins é fundamental.
08 . Mitos e verdades sobre pedras nos rins: uso exagerado de whey protein aumenta o risco
Verdade. Isso porque o Whey Protein é um suplemento feito a partir da proteína do soro de leite e o seu uso exagerado pode sobrecarregar os rins. Também pelo mesmo motivo, a alta ingestão de qualquer proteína animal, como em churrascos, também eleva o risco da doença.
09 . Pedra nos rins são hereditárias
Depende. Por exemplo, ter algum parente com pedra nos rins não significa que você também terá. Porém é preciso ficar atento a fatores genéticos que podem contribuir com a formação das pedras. Por exemplo:
- Transpiração intensa;
- Distúrbios metabólicos que alcançam a composição da urina;
- Doenças Congênitas;
- Hipertensão.
10 . Ingerir sementes de tomate pode causar pedra nos rins
Mito. Acima de tudo, ter bons hábitos alimentares contribui com a prevenção de pedras nos rins. Nesse sentido, a semente do tomate não está associada ao risco de desenvolvimento de cálculos renais. Além disso, o tomate é rico em citrato e magnésio, e pobre em sódio e oxalato. Ou seja, é um alimento que contribui com a prevenção.
11 . Consumo em excesso de vitamina C aumenta chances de desenvolver cálculo renal
Verdade. Quando a pessoa ingere mais vitamina C do que o corpo precisa, irá expelir o excesso através da urina. Porém, após ser metabolizada, a Vitamina C pode se converter em oxalato de cálcio, aumentando a excreção renal e provocando cálculos.
12 . Pedras não tratadas podem evoluir para um quadro de Câncer
Mito. Afinal a pedra nos rins é causada pelo acúmulo de substâncias não filtradas no rim. Em contrapartida, os tumores renais acontecem quando ocorrem eventos desordenados dentro das células, sem uma causa externa, ou por alterações genéticas.
13 . O consumo de chás pode ajudar a prevenir pedra nos rins
Depende. Por exemplo, o chá extraído da planta medicinal Phyllanthus niruri, mais conhecido como “quebra-pedra” pode auxiliar na prevenção de novos cálculos, pois impede que cristais de oxalato de cálcio se agrupem. Porém não se engane, estudos já comprovam que apesar do nome, o chá não é capaz de quebrar o cálculo.
Por outro lado, existem chás que podem ser prejudiciais e devem ser evitados. Seja por aumentarem a transpiração, contribuindo com a desidratação, como também por conter oxalato de cálcio. Por exemplo: chá verde, preto, mate, etc.
Então, fique atento aos mitos e verdades sobre pedras nos rins. Acima de tudo, consulte seu médico urologista de confiança, siga sua prescrição e evite se orientar por receitas milagrosas. Por fim, agende sua consulta para tirar suas dúvidas e evitar quadros de crise e desconfortos maiores.