Você sabe qual a diferença entre balanite e balanopostite? Em suma, são doenças comuns que podem acometer os homens em qualquer idade. Além disso, ambas estão ligadas à inflamação no pênis, que pode ser associada ou não a uma infecção.
Sobretudo, a diferença entre balanite e balanopostite é o local em que a inflamação se dá. Em geral, as estruturas mais afetadas são a glande, mais conhecida como “cabeça do pênis”, ou o prepúcio, a dobra de pele móvel que cobre a glande.
Portanto, é importante entender de fato qual a real diferença entre elas, assim como suas causas, sintomas e condições de risco. Dessa forma, você poderá se prevenir, saber qual é o tratamento mais adequado e evitar a recorrência da doença. Então, continue lendo e confira!
O que é a balanite?
Em primeiro lugar, a balanite ocorre quando há inflamação da mucosa que reveste a glande. Ou seja, na pele localizada na cabeça do pênis. Geralmente isso ocorre quando há um crescimento de bactérias ou fungos na região.
Principalmente, a doença está associada à higiene incorreta. Por isso, ela também pode ser muito comum em homens não circuncidados e crianças. Afinal, o prepúcio muito apertado dificulta a higiene.
O que é a balanopostite?
Por outro lado, a balanopostite ocorre quando a inflamação atinge a glande e o prepúcio ao mesmo tempo. Assim como a balanite, a inflamação pode ter diversas causas, sendo a mais comum a infecção pelo fungo Candida albicans.
Acima de tudo, a falta de higiene adequada contribui com o acúmulo de células e gordura produzidas pelo pênis, criando um ambiente favorável à proliferação de bactérias. Nessa caso, o diagnóstico pode ser feito através da análise clínica, realização de exames ou biópsia.
Qual a diferença entre balanite e balanopostite?
Já vimos que tanto a balanite quanto a balanopostite estão relacionadas à ocorrência de inflamação no pênis. Então, a diferença entre a balanite e balanopostite está no local da inflamação que, dependendo de onde for, pode acarretar em diferentes sintomas.
- Balanite: quando há inflamação na glande (cabeça do pênis);
- Balanopostite: inflamação simultânea na glande e prepúcio (dobra de pele móvel que cobre a glande).
Além disso, também é possível ocorrer a postite, ou seja, quando a inflamação atinge apenas o prepúcio.
Quais são as principais causas de balanite e balanopostite?
Apesar dos termos diferentes, tanto a balanite, quanto a balanopostite podem ocorrer pelas mesmas causas. Embora nem sempre seja possível determinar o que desencadeou o problema, é importante investigar. Por exemplo, as principais causas são:
- Higiene inadequada, não só no banho, como também após relações sexuais e após urinar;
- Uso de roupas íntimas justas, molhadas ou de tecido sintético, que contribuem para criar um ambiente favorável a proliferação de fungos e bactérias;
- Irritação ou alergia na pele, causada por substâncias presentes em sabonetes, cremes, xampus, pomadas, medicamentos, alguns tipos de tecidos ou até latex, podem levar a um quadro de dermatite irritante de contato;
- Presença de Infecções Sexualmente Transmissíveis, como candidíase, gonorreia, herpes simples e sífilis;
Além disso, outras possíveis causas também incluem:
- Trauma local;
- Diabetes;
- Baixa imunidade;
- Obesidade.
Sintomas de balanite e balanopostite
Assim como as causas, os sintomas são variados e nem sempre ocorrem de forma simultânea. Logo, fique atento aos sinais e procure o médico urologista o quanto antes para cessar o incômodo o mais rápido possível.
Fique atento aos principais sintomas de Balanite:
- Vermelhidão na região da glande/prepúcio;
- Inchaço;
- Coceira e secreção na ponta do pênis;
- Mau cheiro;
- Dor ao urinar.
Principais sintomas de Balanopostite:
- Desconforto na micção ou durante as relações sexuais;
- Odor forte na região do pênis;
- Dor, sensibilidade e irritação;
- Coceira e Secreção;
- Fissuras;
- Placas esbranquiçadas;
- Descamação da mucosa;
- Inchaço;
- Glande avermelhada.
Fatores de Risco da balanite e balanopostite
Em suma, o principal fator de risco para desenvolvimento das infecções é a Diabetes.
Isso porque, a presença de açúcar na urina favorece a proliferação de bactérias. Além disso, a condição também afeta o sistema imune, deixando o paciente mais vulnerável.
Seja como for, é de suma importância realizar o tratamento o quanto antes para evitar a progressão da doença. Quando em estado mais avançado e persistente, a inflamação pode causar cicatrizes que podem evoluir para uma fimose.
Além disso, a própria fimose também pode ser um fator de risco.
Afinal, ela não só dificulta a higienização, mas também permite a estagnação do esmegma (células e gorduras acumuladas sob o prepúcio).
Dessa forma, a estagnação do esmegma pode levar a balanopostite de repetição, ou seja, uma inflamação recorrente. Ainda mais, a fimose é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento de câncer de pênis, que já afetou milhares de homens no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
Quais são os tratamentos?
Após identificar se o problema se trata de uma balanite ou balanopostite, o médico urologista poderá iniciar o tratamento. Assim, o paciente poderá fazer uso de cremes e pomadas, como também de medicamentos antifúngicos, antibióticos ou corticosteróides.
Então, caso você esteja sentindo algum desses sintomas (ou tenha percebido em seu filho) procure um urologista ppara indicar o melhor tratamento. Além disso, em casos mais avançados, a cirurgia de fimose será necessária para evitar a inflamação recorrente.
Como prevenir a balanite e balanopostite: aprenda como se dá a higienização correta da região genital masculina
Em primeiro lugar, a inflamação não ocorre somente pela falta de higiene, mas principalmente pela higiene incorreta. Inclusive, o excesso de higiene também pode ser prejudicial.
Portanto, para uma higiene correta, retraia todo o prepúcio, lavando a glande e retirando todos os sinais de esmegma. Além disso, utilize sabonetes neutros e evite ao máximo sabonete antibacterianos, que geram um desequilíbrio no pH da região genital.
Apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, use preservativos para evitar o compartilhamento de bactérias e fungos durante a relação sexual. Em seguida, após o ato sexual, lave o pênis.
Além disso, antes de urinar, lave as mãos e retraia o prepúcio. Em seguida, enxugue com papel higiênico e finalize higienizando as mãos novamente. Também evite usar roupas íntimas muito apertadas e com tecidos sintéticos.
Por fim, ao primeiro sinal de sintomas ou então, caso a pele do prepúcio não retornar a posição natural após ser retraída, consulte seu médico urologista!