Cirurgia de Bexiga

Cirurgia de Bexiga

A bexiga pode até parecer um órgão simples, mas cumpre um papel essencial no funcionamento do corpo: armazenar a urina e permitir sua eliminação de forma controlada. Quando algo começa a sair do esperado — como infecções frequentes, presença de tumores, pedras grandes ou alterações no controle muscular — é um sinal de atenção.

Em alguns casos, apenas o tratamento clínico já é suficiente. Em outros, o problema exige uma abordagem mais direta, e aí entra a possibilidade da cirurgia. E, claro, receber a indicação de uma cirurgia de bexiga pode gerar muitas dúvidas. Afinal, não é todo dia que se fala sobre esse tipo de procedimento. A primeira reação costuma ser de apreensão, mas a verdade é que, em muitos casos, a intervenção cirúrgica é justamente o que permite ao paciente retomar sua qualidade de vida e evitar complicações futuras.

Apesar de muita gente associar esse tipo de procedimento apenas a casos de câncer, a cirurgia de bexiga pode ser indicada em diferentes situações, inclusive para aliviar sintomas e evitar complicações futuras. E com o avanço das técnicas e das tecnologias na urologia, ele é realizado com muito mais precisão, menos impacto para o corpo e uma recuperação mais tranquila.

Ao longo desta página, você vai entender em que casos a cirurgia é indicada, como ela funciona, quais cuidados são importantes antes e depois do procedimento, quanto tempo dura, quais os riscos envolvidos e o que esperar da recuperação.

Se você chegou até aqui com dúvidas ou buscando informações confiáveis para tomar uma decisão mais segura, veio ao lugar certo!

Quando fazer a cirurgia de bexiga?

Como mencionamos anteriormente, a cirurgia de bexiga nem sempre está ligada a um problema grave ou avançado. Em muitos casos, ela é indicada como forma de prevenir complicações futuras, aliviar sintomas persistentes ou restaurar a função do órgão quando os tratamentos clínicos já não são suficientes.

O que define a necessidade de um procedimento não é apenas o diagnóstico, mas a combinação entre sintomas, qualidade de vida, riscos associados ao quadro e resposta do paciente a outras abordagens. Por isso, é fundamental que essa decisão seja tomada com base em avaliação médica criteriosa e individualizada. Você não chegará ao consultório e imediatamente será transferido a um centro cirúrgico, pode ficar tranquilo. Haverá um longo caminho de muito estudo até chegarmos a isso. 

Abaixo, listamos as situações mais comuns em que a cirurgia pode ser indicada, e o que elas significam na prática:

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  1. Câncer de bexiga (inicial ou avançado): Quando o tumor está localizado apenas na bexiga, a cirurgia pode ser curativa. Em estágios mais avançados, ela ajuda a controlar a doença e evitar que ela se espalhe para outros órgãos. Dependendo do caso, pode ser necessário remover apenas o tumor, uma parte da bexiga ou, em alguns casos, o órgão por completo.
  2. Tumores benignos com sintomas: Mesmo quando o tumor não é maligno, ele pode causar sangramentos, dores ou dificuldade para urinar. Nessas situações, a remoção cirúrgica é indicada para melhorar significativamente o conforto do paciente.
  3. Cálculos (pedras) grandes ou de difícil eliminação: Quando as pedras são muito grandes ou provocam infecções frequentes, o tratamento cirúrgico pode ser a melhor forma de removê-las com segurança e evitar danos à bexiga e aos rins.
  4. Infecções urinárias recorrentes por alterações anatômicas: Em alguns casos, a estrutura da bexiga favorece o acúmulo de bactérias ou impede o esvaziamento completo da urina, levando a infecções frequentes. A cirurgia pode corrigir essa condição e reduzir o número de episódios.
  5. Bexiga neurogênica: Quando o sistema nervoso que controla a bexiga está comprometido (como em casos de lesões medulares ou doenças neurológicas), o órgão pode deixar de funcionar corretamente. Em quadros mais graves, a intervenção cirúrgica é necessária para preservar os rins e melhorar a qualidade de vida.
  6. Incontinência urinária severa: Quando o paciente perde urina com frequência e não responde bem a medicamentos ou fisioterapia, o procedimento pode oferecer uma solução definitiva, por meio de técnicas que fortalecem os músculos da região ou reposicionam a bexiga.
  7. Obstruções urinárias: Estreitamentos no canal urinário, aumento da próstata ou outras alterações que dificultam a passagem da urina podem exigir cirurgia para desobstrução e alívio dos sintomas.

Cada uma dessas indicações exige uma abordagem diferente, com planejamento cuidadoso e uma conversa aberta entre médico e paciente. A cirurgia pode parecer um passo grande, é uma palavra que causa pânico na maioria das pessoas, mas em muitos casos é justamente o que permite mais conforto, segurança e autonomia no dia a dia.

O mais importante é lembrar que você não precisa tomar essa decisão sozinho. Com o acompanhamento certo, o caminho fica mais leve e mais claro.

Como é feita a cirurgia de bexiga?

Entender como o procedimento funciona ajuda muito a tirar o peso da palavra “cirurgia” e enxergar o processo com muito mais tranquilidade. Por esse motivo, dedicamos um tópico exclusivamente para isso. E não se preocupe com as palavras complicadas e termos médicos. Explicamos tudo de forma bem didática para te ajudar a compreender sem grandes dificuldades. 

Existem diferentes técnicas disponíveis — desde as mais simples, feitas por vídeo, até as mais estruturadas, que envolvem a retirada parcial ou total da bexiga. A escolha da abordagem vai depender do tipo de problema, da gravidade do quadro e também das condições clínicas do paciente. Mas o objetivo é sempre o mesmo: tratar a causa, aliviar os sintomas e preservar, ao máximo, a qualidade de vida.

Veja abaixo as principais técnicas utilizadas:

Cistectomia total (ou radical): Indicada em casos mais avançados de câncer de bexiga, quando o tumor está muito espalhado ou compromete toda a estrutura da região. Aqui, o órgão é removido por completo. O procedimento pode ser feito por cirurgia aberta, por videolaparoscopia ou por via robótica — essa última oferecendo mais precisão e uma recuperação mais confortável, e também sendo uma das especialidades do Dr. Marco.

Nesses casos, é feita uma reconstrução do sistema urinário, criando um novo caminho para eliminação da urina. Isso pode ser feito de diferentes formas, como com a criação de uma “neobexiga” (um novo reservatório com parte do intestino) ou uma derivação urinária externa. A melhor escolha depende do perfil e das necessidades de cada paciente.

  • Ressecção transuretral da bexiga (RTU): É minimamente invasiva, indicada principalmente para remover tumores localizados ou fazer biópsias. O procedimento é feito por via endoscópica, com a introdução de uma câmera e instrumentos finos pela uretra. É rápido, seguro e com recuperação mais leve.
  • Cistectomia parcial: Utilizada quando há um tumor em uma área bem definida da bexiga. Nesse caso, apenas a parte comprometida do órgão é retirada. O restante da bexiga é preservado, o que pode manter a função urinária praticamente intacta.
  • Cirurgia para retirada de cálculos (pedras): Quando há pedras muito grandes ou que causam dor, infecções e obstruções, a intervenção é indicada para eliminá-las com segurança. O procedimento pode ser endoscópico ou feito por pequenas incisões, dependendo do tamanho e da localização dos cálculos.

Essas técnicas mostram que a cirurgia de bexiga não é um processo único e rígido, mas sim algo que pode — e deve — ser adaptado à realidade de cada paciente. A medicina evoluiu justamente para oferecer soluções mais personalizadas, menos invasivas e mais alinhadas ao que cada corpo precisa. O importante é saber que, ao optar pelo procedimento, você estará seguindo um caminho que foi cuidadosamente planejado pelo seu médico.

Precauções antes da cirurgia

Toda cirurgia começa bem antes do momento em que o paciente entra no centro cirúrgico. A etapa de preparação é essencial para garantir que o procedimento ocorra da forma mais segura possível, com menor risco de complicações e melhores resultados na recuperação. É nessa fase que se avalia não apenas a condição física do paciente, mas também os ajustes que podem ser feitos para que o corpo enfrente o procedimento em seu melhor estado.

Confira todas as etapas às quais você irá passar antes de chegar à mesa de cirurgia de fato:

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Avaliação pré-anestésica: Esse é um passo essencial. Durante a consulta com o anestesista, são avaliados histórico de doenças, alergias, uso de medicamentos e possíveis riscos com o tipo de anestesia que será utilizada. Isso dá mais segurança ao procedimento e ajuda a evitar reações adversas.

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Avaliação pré-anestésica: Esse é um passo essencial. Durante a consulta com o anestesista, são avaliados histórico de doenças, alergias, uso de medicamentos e possíveis riscos com o tipo de anestesia que será utilizada. Isso dá mais segurança ao procedimento e ajuda a evitar reações adversas.

cirurgia de bexiga

Tratamento de infecções urinárias pré-existentes: Caso o paciente esteja com uma infecção urinária ativa, o ideal é tratá-la antes da mesa cirúrgica. Isso evita que a infecção se espalhe durante o procedimento e reduz o risco de complicações no pós-operatório.

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Suspensão de medicamentos anticoagulantes (quando necessário): Medicamentos como aspirina, varfarina ou outros anticoagulantes podem aumentar o risco de sangramento durante a intervenção. Por isso, é comum que sejam suspensos alguns dias antes, com orientação médica específica para cada caso.

cirurgia de bexiga

Jejum pré-operatório: O jejum é necessário para reduzir o risco de complicações durante a anestesia, como refluxo e aspiração de conteúdo gástrico. O tempo de jejum necessário irá variar de acordo com o horário do procedimento e será informado pela equipe médica.

Esses cuidados podem parecer pequenos, mas fazem uma grande diferença no sucesso da cirurgia e na tranquilidade de quem vai passar pelo procedimento. Estar bem preparado é também uma forma de cuidar da sua saúde — física e mentalmente.

E o melhor: você não precisa se preocupar com tudo isso sozinho. A equipe médica orienta cada etapa com clareza, explicando o que fazer, quando fazer e por que cada cuidado é importante, transformando o processo em algo mais leve, seguro e previsível — como deve ser.

Quantos dias de repouso são necessários após a cirurgia de bexiga?

Essa resposta pode variar bastante, porque depende de alguns fatores importantes: o tipo de procedimento realizado, a saúde geral do paciente, a técnica cirúrgica utilizada (aberta, laparoscópica ou robótica) e a resposta individual de cada organismo.

Em linhas gerais, quanto menos invasiva for a técnica, mais rápida tende a ser a recuperação. Mas, independentemente do tipo de cirurgia, é essencial respeitar o tempo do corpo e seguir todas as orientações médicas para que a cicatrização aconteça de forma segura e eficaz.

Cirurgias endoscópicas (como a ressecção transuretral de tumor): Feitas sem cortes externos, o que facilita muito o retorno às atividades. O repouso indicado costuma ser de 5 a 7 dias, com liberação para atividades leves assim que o desconforto diminuir. Exercícios físicos e esforço devem ser evitados nas primeiras semanas.

Cistectomia total (remoção completa da bexiga): Por ser um procedimento mais complexo e com necessidade de adaptação a um novo sistema de eliminação urinária, o tempo de recuperação é mais longo. A internação costuma durar de 5 a 10 dias, e o repouso total pode se estender por 4 a 6 semanas. Atividades físicas, dirigir ou retornar ao trabalho devem ser retomados apenas com liberação médica.

Cirurgias parciais da bexiga ou retirada de cálculos por laparoscopia: Quando há necessidade de incisões, mesmo que pequenas, o repouso costuma ser mais prolongado. Nesses casos, o tempo médio é de 2 a 4 semanas, com retorno gradual às atividades conforme a recuperação progride.

Quantas horas dura a cirurgia de bexiga?

Assim como o tempo de repouso, a duração da cirurgia também irá depender de muitos fatores. Isso porque existem diferentes tipos de procedimentos — alguns simples e rápidos, outros mais longos e complexos.

Mais do que se preocupar com o número de horas em si, é importante entender que cada cirurgia tem um tempo próprio, determinado pela extensão do problema a ser tratado, pela técnica utilizada e pelas características do próprio paciente, e, pensando no melhor resultado, esse tempo não pode ser apressado.

Durante todo o tempo, o paciente está sob monitoramento constante, com uma equipe multidisciplinar cuidando de cada detalhe.

Lembre-se que, o importante é garantir que o procedimento seja feito com calma, segurança e total atenção às particularidades de cada caso.

Cirurgias endoscópicas (como RTU): São as mais rápidas. Como não exigem cortes, geralmente duram entre 30 minutos e 1 hora. O tempo pode se estender um pouco se houver necessidade de remover lesões maiores ou realizar biópsias adicionais.

Cirurgias parciais da bexiga: Quando é necessário remover uma parte da bexiga, o tempo médio é de 1h30 a 2h30. Esse tipo de procedimento exige mais atenção aos detalhes, mas costuma ter uma boa recuperação.

Cistectomia total (remoção completa da bexiga): Esse é um procedimento mais complexo, que pode envolver a reconstrução do sistema urinário. Nesses casos, a cirurgia costuma durar entre 4 e 6 horas — podendo variar um pouco mais dependendo da técnica (aberta, laparoscópica ou robótica) e da necessidade de reconstrução (como criação de neobexiga ou derivação urinária).

Resultados esperados após a cirurgia de bexiga

Toda cirurgia é um caminho com início, meio e fim. Nós falamos do início (a preparação), do meio (o procedimento), e agora chegou a hora de falarmos sobre o fim: os resultados, que tendem a ser muito positivos, tanto do ponto de vista da saúde, quanto da qualidade de vida. 

Os benefícios podem variar de acordo com o tipo de procedimento, a causa e o estado geral do paciente, mas há um ponto em comum: na imensa maioria dos casos, a intervenção traz alívio dos sintomas e uma retomada da autonomia no dia a dia.

De forma geral, o que se espera após o período de recuperação é:

 

  1. Melhora dos sintomas urinários: Procedimentos feitas para tratar incontinência, obstruções ou cálculos costumam trazer um alívio imediato ou progressivo. O paciente volta a urinar com mais conforto, sem dor ou urgência frequente.
  2. Redução de infecções urinárias recorrentes: Ao corrigir alterações anatômicas ou remover focos de infecção, a cirurgia reduz significativamente o risco de infecções futuras.
  3. Controle da doença, nos casos oncológicos: Em situações de câncer de bexiga, o objetivo principal é a retirada completa do tumor. Quando isso é possível, as chances de controle ou cura da doença aumentam consideravelmente.
  4. Retorno gradual à rotina com mais segurança: Passada a fase de repouso, o paciente pode retomar suas atividades com mais tranquilidade — respeitando os limites do corpo e com o acompanhamento adequado.
  5. Adaptação positiva, mesmo nos casos mais complexos: Em cirurgias mais extensas, é normal que o período de adaptação seja um pouco mais longo. Mas com o apoio da equipe médica e orientação adequada, muitos pacientes conseguem reorganizar sua rotina e retomar uma vida ativa com independência e qualidade.

 

É importante lembrar que cada corpo tem seu próprio ritmo de recuperação, e que nem sempre os resultados aparecem da noite para o dia.

Sua saúde é uma prioridade, não um luxo.

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Sobre o Dr. Marco

Escolher o médico que vai conduzir seu tratamento é tão importante quanto o próprio procedimento. Afinal, é ele quem vai te orientar nas decisões, explicar cada etapa com clareza e cuidar de você em um momento tão delicado.

O Dr. Marco Nunes é urologista com formação pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialização em cirurgia minimamente invasiva e robótica pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz — um dos centros de referência em cirurgia urológica do país. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), uma das mais respeitadas do mundo na área.

Mas, mais do que currículo, o que se destaca no trabalho do Dr. Marco é a forma como ele conduz cada atendimento: com respeito à história de cada paciente, linguagem clara, empatia e cuidado nos detalhes. Do diagnóstico à recuperação, o acompanhamento é próximo e individualizado, sempre com foco em qualidade de vida e confiança na jornada de quem está passando pelo tratamento.

Seja para procedimentos simples ou para cirurgias mais complexas, você pode contar com um atendimento técnico, humano e transparente, com estrutura adequada e o suporte de uma equipe preparada para cuidar de você em todas as fases.

Médico urologista particular Dr. Marco Nunes

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Nem sempre é fácil lidar com um diagnóstico que envolve cirurgia. E está tudo bem ter receios, fazer perguntas e querer entender cada detalhe antes de tomar uma decisão. É natural do ser humano buscar estar preparado para situações de estresse.

Se você chegou até aqui buscando informações para cuidar melhor da sua saúde ou ajudar alguém próximo, saiba que o próximo passo é ainda mais tranquilo do que parece. Agende uma conversa com o Dr. Marco para trazer a clareza que faltava, e abrir caminhos para um tratamento mais seguro, mais consciente e mais respeitoso com a sua história.

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